Participação dos companheiros pibidianos nas aula - Quarta-feira, dia 16 de março de 2022

 

  

   Apesar da brevidade em que se deu a presença de alguns dos pibidianos nas aulas, penso que já puderam extrair algumas experiências do contexto de uma sala de aula. Aliás, as circunstâncias em que estão ocorrendo as aulas fomentam algumas reflexões sobre os fatores que interferem, sobremaneira, no andamentos das aulas. Primeiro, porque se trata de turma cujos alunos ainda não são nossos conhecidos. Eles não nos conhecem, não se deram conta ainda da responsabilidade com a qual devem encarar as aulas. Também não tivemos tempo para nos entrosar. Estamos ainda na fase do conflito de interesses, e, antes de estabelecermos uma relação mas amistosa, é preciso que eles sintam o compromisso que eles devem encarar.
    Nesses raros encontros, os pibidianos devem ter percebido o quanto o ambiente e as situações mudam pela influência dos agentes. Devem ter  notado, ainda, o modelo de educação ao qual os estudantes das turmas do 8° ano estão adaptados. Diante dessa experiência, vocês podem refletir sobre, pelo menos,  três aspectos:
1°. Quando estamos à frente de turmas cujos alunos não conhecem a responsabilidade do processo; quando eles não conhecem o professor nem a sua postura, eles vão experimentar posturas e atitudes. Se o professor não se impuser logo no início, os protagonistas tendem a liderar as turmas. Se for para  a desordem, tem de se "cortar o mal pela raiz". Em casos assim, a tolerância por parte do professor implica complacência. E, assim, estaremos perdidos.
    Quanto a isso, a Laís presenciou um episódio em que a protagonista, uma aluna muito segura de suas estratégias, com as quais tentava interferir, negativamente, nas aulas, recebeu advertência na minha aula. Depois  disso, ela se retratou e passou a assumir outra postura.
2°. Não raramente, os alunos estão bem adaptados ao modelo de educação bancária (tão combatido por  Paulo Freire). Tão acostumados que, quando têm oportunidade de participar das aulas, eles mal conseguem refletir. Usam a sua vez e a  voz a serviço das brincadeiras. Quando têm de registrar os assuntos, só se pronunciam para saber sobre uma ou outra palavra que não conseguiram decifrar. E, quando perguntamos sobre o assunto da aula, poucos sabem explicar.
3°. As dificuldades com as quais se depararam no modelo presencial, quando se leva em conta a falta dos recursos e meios de operar no modelo remoto. Essa comparação se estabelece quando refletimos sobre as nossas aulas desde o ano letivo de 2021.
     Todos os acontecimentos bem como as circunstâncias e os fatores que têm influenciado não somente as aulas de Língua Portuguesa têm estado no centro das nossas reflexões. Os meus companheiros estão muito atentos e reflexivos quanto às questões que estão no centro dos processos de ensino e aprendizagem. 

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